FAMÍLIA CAINELLI

sábado, setembro 30, 2006

MÉRICA, MÉRICA

Esta música hoje representa o "hino" dos imigrantes italianos que emigraram para o Brasil. Além destas, muitas outras eram cantadas por eles, durante a lida diária, passeios ou festas. Confira!

MÉRICA, MÉRICA
(Composição: Angelo Giusti)

Dalla Itália noi siamo partiti
Siamo partiti col nostro onore
Trenta sei giorni di machina e vapore
E nella Mérica noi siamo arrivá.

Mérica, Mérica, Mérica
Cossa saralo ´sta Mérica
Mérica, Mérica, Mérica
L´e um bel mazzolino di fior

E alla Mérica noi siamo arrivati
No abbiam trovato nè paglia nè feno
Abbiam dormito sul nudo terreno
Comme le bestie andiam riposar.

E la Mérica l´è lunga e l´è larga
L' è circondata dai monti e dai piani,
E con la industria dei nostri italiani
Abbiam formato paesi e città.

segunda-feira, setembro 11, 2006

O ANCESTRAL - Gaspare Cainelli


Gaspare Cainelli nasceu em 15 de abril de 1843, em Barbaniga di Civezzano, província de Trento. Seus pais eram Valentino Cainelli e Anna Stenech. Emigrou ao Brasil no dia 25 de outubro de 1875. Partiu de sua terra natal juntamente com a esposa Maria de Carli (?/?/1852 - 11/05/1913) e um filho de colo, Domenico Alessandro Cainelli, com menos de um ano de idade, que morreu na viagem ao Brasil.
Na Itália tinha como profissão a agricultura de subsistência, onde o excedente era vendido. Cultivavam essencialmente a videira de onde a uva era transformada em vinho.
Seu porte físico era de estatura mediana, semblante ovalóide, olhos e cabelos negros, boca e nariz regulares.

A VIAGEM AO BRASIL

De seu vilarejo partiu de trem até o porto de Gênova. Após alguns dias de espera rumou ao Brasil. "Trenta sei giorní di macchina a vapore" chegou ao porto do Rio de Janeiro. A viagem do Rio de Janeiro até Porto Alegre durou de dez a doze dias com passagem por portos intermediários assim como Santos, Paranaguá, Florianópolis e por fim Rio Grande. De Rio Grande a Porto Alegre mudaram de navio até chegar a capital. De Porto Alegre em outra embarcação chegou até Montenegro. Daí até a colônia de Dona Isabel o trajeto foi feito a pé e no lombo de mulas. Finalmente no dia 24 de dezembro de 1875 meu trisavô chegou ao que hoje é o município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. Ele e mais 45 famílias de autênticos tiroleses fundaram a atual cidade.
(Adaptado de texto de João Carlos Cainelli)

ORIGEM DO SOBRENOME CAINELLI


O sobrenome Cainelli é um nome de família pouco freqüente e típico da região do Trentino, norte da Itália. Sua incidência mais expressiva se verifica na área de Vallagrina e arredores de Trento. Suas origens etimológicas remontam ao vocábulo latino "catinus", bacia, utensílio doméstico para ablução pessoal e para lavar objetos; no sentido figurado, indicava cavidade, concavidade, depressão do terreno. Com o sufico diminutivo "-ellus", resulta "cantinellus". O termo evolui nos dialetos vênetos e trentinos para "cadin, cain, cavinello, cainello". O sobrenome se refere a fabricante e comerciante de bacias ou a cidadão residente em conhecida depressão do solo que relembra bacia. Outros argumentam que pode provir do latim "cavinus, cavinellus", fosso depressão do terreno, resultando nos dialetos "cavin, cain, cavinello, cainello". O significado é idêntico ao anterior, embora de origens diversas.
Um patriarca dos séculos XII-XIII, ao legar este seu cognome como apelativo comum a todos os seus filhos, deu origem á "Casata (família, clã) dei Cainelli". O sobrenome recorda o fundador da Casata, o "capostípite Cainello".

(Pesquisa requerida por João Carlos Cainelli, ao STEMMA/SP, em março de 1995)